segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais. “E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha". Fernando Pessoa

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eu pensava que escrever tirava o vazio da alma, que preenchia as lacunas em branco do coração. Que tolice! Escrever apenas expõe o que você sente e divide o peso com os leitores interessados, mas ainda assim, persisto, é simples. Difícil é encarar que o final é também recomeço e que os planos mudam sem ao menos lhe perguntarem se você concorda. A vida é assim, impulsiva e imediatista, sem medo do que vem pela frente, sem recuar. E todo aquele que não lhe acompanha, fica estagnado. Mas são tantos caminhos, tantos percursos e tantas dúvidas... e não há meios de saber qual devemos seguir, isso apenas saberemos quando cruzarmos o ponto de chegada e todas as perguntas serão respondidas (ou esquecidas) pelo inabalável tempo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"Meu amor sou eu..."

Meu amor é bonito, colorido.
Ele é corajoso, valente, místico e misterioso.
Por vezes forte, noutras tão frágil que dá medo de tocar.
Meu amor se cala ao perceber sua imensidão, e gesticula sem limites ao perceber a confusão.
Ele é fogo e água. É loucura e sanidade. É raiva e perdão. É decepção e alegria. É chegada e despedida. É ser feliz sofrendo e sofrer com a felicidade, se calar sabendo que deve falar.
Meu amor sou eu, simplesmente eu... vagando na imensidão!

sábado, 18 de junho de 2011

Conforme o vento sopra, embaralha seus cabelos e seus pensamentos. Mais uma vez ela questiona suas vontades e desejos, não sabe por qual caminho deve seguir.
Tudo é complicado demais, milhões de incertezas e nenhuma solução. O difícil às vezes se torna cansativo demais e é grande a vontade de deletar todas as memórias... tem veneno em suas doces palavras e desânimo em suas gargalhadas.

domingo, 12 de junho de 2011

Difícil tarefa a de distingüir os desejos da alma, da mente e do coração. Principalmente quando se trata dos devaneios de uma mulher que por vezes mais parece ser uma menina esperando auxílio para resolver as confusões que ela mesma cria.
Inventa, fantasia, e se perde no mundo maravilhoso das ilusões... acredita no que quer acreditar e não leva a sério quem vive com os dois pés fincados no chão.
Nesse mundo paralelo vai mesclando o real com o imaginário, e dessa forma vai vivendo e aceitando o que por vezes nem ela entende.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Enquanto observava o cobrador cantando e dançando frenéticamente alguma música ruim, ela se perdia dentro do som que saía de sua própria mente. "Até de cenas como essa podemos nos lembrar com saudade" pensou, enquanto tentava banir seus pensamentos nostálgicos...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

...morava nas pedreiras, e viveu escrevendo em uma pedra..

Foi caminhando pelos labirintos sem paredes da imaginação que ela visualizou determinadas situações e conseguiu finalmente, compreendê-las de uma forma mais clara, mais objetiva. Parou de andar, observou tudo que acontecera dias, meses, anos, vidas atrás e sorriu ao perceber que certas coisas não mudam. "Uma simples pausa pode fazer a diferença" pensou ela enquanto continuava seu trajeto. Passou em meio a belas esculturas, imagens distorcidas, diferentes odores e vozes que se transformavam repentinamente. "Mais uma pausa" e foi se sentar em uma pedreira tão alta que ela não tem a noção do tempo que demorou para subir. Ao tentar avistar o chão, viu que ele de tão distante, havia desaparecido de seus olhos, mas sem medo permaneceu alí, ora sentada, ora caminhando. Vez ou outra era capaz de ouvir alguém chamar seu nome - "Mas qual nome? Eu atendo por vários", disse podendo ouvir o eco de sua voz. Passou tanto tempo naquele local que sem medo já subia e descia com frequência a gigante pedreira. Até que um dia se deu conta que de tão acostumada a descer, nem se lembrava mais do esforço que fazia para subir. Hum... outra pausa, dessa vez para respirar melhor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ela usou o telefone buscando um incentivo, um apoio, uma palavra de esperança, mas em seus ouvidos só entraram as mesmas palavras desanimadoras de sempre.. ok, um tanto realistas mas um tanto pessimistas. O tempo vai se encarregar de encaminhar certas coisas e sua esperança está bem alí, intacta, se unindo à força de vontade de mostrar que quem disse aquilo estava errado.
Ela se sente tão pequena e ao mesmo tempo tão gigante. Isso é normal? Ou normal é seguir a maioria? Essas dúvidas passam pela sua cabeça mas logo vão embora, para ela isso não tem a menor importância...pq pensando bem, com tantas coisas interessantes por aí, interessa mesmo saber o que julgam ser normal?

domingo, 27 de dezembro de 2009

Além do álcool e daquele chão quadriculado, o som e as luzes confundiam sua mente. Os pensamentos são tão livres, voam e passeiam por qualquer lugar no dia e hora que quiserem. Causam até uma certa inveja em nós, com almas dentro da carne.
"Que vontade de sonhar" - disse em voz baixa. Ela sabe que é no escurecer dos olhos que enxerga sua luz, sensações inexplicáveis e visões das mais distintas e maravilhosas. E o pensamento continua sua caminhada de mãos dadas com a imaginação. Juntos, visitam pessoas e escutam palavras que sua dona gostaria de escutar.
Mas quem pode provar que as palavras do chamado "mundo real" são as verdadeiras? E se o mundo dos olhos fechados for a realidade e estivermos vivendo de ponta cabeça?
A peça que falta em seu quebra cabeça escapa de suas mãos. Ela sabe onde encontrar, só precisa convencer a tal peça a se grudar com o restante.

domingo, 21 de setembro de 2008

As coisas mudam.. as pessoas, os gostos, os sonhos, os desejos, os problemas, as vontades.. mas no fundo, bem no fundo mesmo, ela sente que nada mudou. Continua tudo alí. E quando está só, fecha os olhos e vê as mesmas coisas.. os velhos sonhos lhe puxam pela mão e convidam pra dançar. Bailando pelo salão, deixa seu corpo e mente deslizarem ao som da melodia que entoa de seu coração... leve... a sensação é tranquilizante até a realidade bater em sua porta. Feito trovão em noites de tempestade, o barulho que ela faz é ensurdecedor. Propositalmente, feito para despertar, ela te puxa para o que é imediato. Realidade e sonhos não foram criados igualmente, não mantém amizade.
..e ela segue na realidade agora, deixando seus devaneios como segundo plano. Tentando diferente. Mas quem lhe garante que era errado o velho modo de pensar e encarar as coisas? Ninguém, essa certeza só virá depois.. bem depois , quando não houver mais o que buscar aqui.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sem tempo, sem ânimo, sem nada de interessante, sem amores e sem personagens por hoje!

Apenas com idéias, idéias, idéias e a vontade de colocá-las em prática. Nenhuma delas para agora... antes fosse, antes fosse... antes tivesse como ser agora!

domingo, 9 de setembro de 2007

Estranho... tudo voltou a caminhar para trás, ela sabe que está regredindo a cada dia e mesmo assim não consegue encontrar a solução.
Se misturando entre pessoas de todos os tipos, se incomoda por sempre estar a escrever coisas assim tão parecidas.
Por mais que se esforce não consegue se encontrar, parece não ser capaz de desvendar o mistério que carrega tão intimamente em sua alma. Se sente pequena por não conseguir preencher sozinha um vazio tão gigante... vazio esse, que talvez ela mesma tenha criado dentro de si..

terça-feira, 24 de julho de 2007

Incomoda saber que certas coisas parecem que não devem acontecer.
Sabe sensação de fracasso misturado com falta de coragem? Então, é bem assim que ela se sente. É exatamente assim.
Vontade de morar na lua por algum tempo e dormir abraçada com as estrelas esperando o amanhecer chegar...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Vestiu aquela fantasia que intimamente camuflava o seu corpo e a sua alma. E embora pareça que seu sangue vá jorrar pra fora a qualquer instante, não reclamou, já estava acostumada a usá-la. Deslizar. Sair de si. Sensação embriagante de esquecimento, de desassossego. Vontade de voar, voar de verdade, e talvez seja essa a sua missão... seguir as borboletas com todo o encanto e pureza que possam ter. Encarar a solidão que encontrará nas nuvens e nas flores mais coloridas.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Perdida em meio a seus mais secretos pensamentos, sem perceber, seus dentes e dedos batiam no ritmo da canção que tocava repetidas vezes. O telefone tocou despertando-a de seu momento. Silêncio e desligaram. Já era a terceira vez que isso acontecia naquele mesmo dia, quem poderia ser? Tentando imaginar acabou voltando ao mundo em que se encontrava anteriormente. Não conseguindo achar certas respostas tentava "acordar", se distraía com algo banal mas em segundos se perdia novamente. Por mais que tente não consegue explicar tais pensamentos e sensações, simplesmente não consegue. Ela apenas os sente, debate sozinha e tenta libertar isso de algum modo, qualquer que seja. Tudo sempre tão parecido. No fundo ela sente a razão de tudo. Sentir. Sentir ela sente a cada segundo. Sente profundamente, embora não compreenda. Sossegue, as coisas se esclarecem no devido momento. Aproveite ao máximo o que isso tem a lhe oferecer e não se preocupe tanto, é mais simples do que parece. Ou não.